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Centro Estadual de Meteorologia é revitalizado

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Hoje, o Centro possui uma equipe formada por quatro meteorologistas, quatro agrometeorologistas, bolsistas e estagiários - Foto: Caroline Lucas

O Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS) passa por um amplo processo de modernização com  aquisição de novos equipamentos, novos projetos e chegada de novos pesquisadores.  Hoje, o Centro possui uma equipe formada por quatro meteorologistas, quatro agrometeorologistas, bolsistas e estagiários. “Temos uma grande expectativa de que esse grupo irá apresentar bons resultados, disponibilizando informações de qualidade aos mais diversos públicos”, frisa João Pellegrini, diretor técnico da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), órgão ao qual o CemetRS está vinculado.

“O quadro atual do CemetRS é composto por uma equipe bastante experiente, o que é uma grande vantagem”, diz o meteorologista Glauco Freitas, que está no Centro há quatro anos e vivenciou todo o período recente de revitalização. “Mesmo com infraestrutura precária, sempre fomos elogiados pelas informações que prestamos. Agora que estamos revitalizando o CemetRS, queremos ser referência na área”, planeja Danilo Rheinheimer dos Santos, diretor-presidente da Fepagro.

Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, a revitalização do centro de meteorologia faz parte do processo de modernização e retomada das funções da pesquisa agropecuária no Estado. "Estamos reequipando a Fepagro, estabelecendo parcerias, renovando e ampliando o quadro de pesquisadores e colaboradores, tudo dentro da visão que temos da importância estratégica da pesquisa para o desenvolvimento agropecuário do Estado", comentou Mainardi.

O CemetRS conta com 20 estações meteorológicas, com previsão para a instalação de mais 50 a partir do Projeto Mais Água. Todas passarão por um processo de modernização, de forma que os dados coletados sejam transmitidos em tempo real para a sede do CemetRS, em Porto Alegre. “A atualização diária dos dados das estações vai ajudar a monitorar de forma precisa os eventos climáticos. O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros mais afetados por eventos climáticos extremos, daí a importância de se ter um Centro de Meteorologia focado em suas necessidades específicas”, conta Glauco.

 

Produtos

Desde a década de 1990, o CemetRS divulga um Boletim Mensal, com as informações meteorológicas ocorridas. Os dados coletados também permitem que o Centro elabore mapas que são de grande utilidade para vários setores da sociedade, principalmente o agrícola, como o Atlas Climático do Rio Grande do Sul, disponível gratuitamente no site do CemetRS. A publicação mostra o histórico de variáveis climáticas como temperatura do ar, radiação solar global, umidade relativa do ar e precipitação pluvial, compilando dados coletados durante 30 anos em vários locais do Estado.

“Hoje temos uma pessoa no Centro responsável pela organização do nosso banco de dados meteorológicos, que contém informações desde 1953”, destaca Bernadete Radin, chefe da Divisão de Pesquisa e Inovação Tecnológica da Fepagro.

Atualmente o centro fornece previsões de tempo diárias, semanais e trimestrais divulgadas pelo site (www.cemet.rs.gov.br) e pelos perfis da Fepagro no Twitter (@Fepagrors) e Facebook (www.facebook.com/fepagro). Dentro da dinâmica de modernização, novos produtos serão gerados, como índices de seca, índice de umidade do solo, previsão numérica de tempo, entre outros. “O CemetRS também disponibiliza boletins semanais, com todas as informações meteorológicas ocorridas na semana que passou e a previsão para a semana seguinte” informa Bernadete. Com enfoque agrometeorológico, a equipe do CemetRS elabora notas técnicas mensais com a descrição das condições meteorológicas ocorridas, analise do desenvolvimento das principais culturas do Estado e o  prognóstico climático.

 

Pesquisas

As pesquisas desenvolvidas pelo Centro Estadual de Meteorologia buscam atender às demandas da agricultura no Estado. “O grande desafio do CemetRS, nos próximos meses, será cumprir as atividades previstas no Projeto Mais Água, que recebeu da Finep um financiamento superior a R$ 11 milhões e cuja parte desses recursos destina-se ao Centro”, destaca João Pellegrini. “Com a inclusão de bolsistas do projeto à equipe, a pesquisa vai ficar mais atuante. O projeto tem por objetivo a condução de pesquisas relacionadas à umidade do solo em função dos diferentes sistemas de cultivo, balanço hídrico do solo e índice de seca”, enumera Bernadete Radin.

Também são realizadas atividades de pesquisa envolvendo interações entre ambiente, plantas e animais, além de retomar os experimentos de cultivo protegido de olerícolas. De acordo com a pesquisadora Ivonete Tazzo, o experimento inicial, previsto para iniciar em setembro deste ano, será com tomate-cereja, pelo fato de não existirem pesquisas sobre o cultivo protegido do fruto no Estado. “O consumo do tomate-cereja aumentou consideravelmente em um curto espaço de tempo e, em razão disso, são necessárias mais informações agrometeorológicas e agronômicas sobre essa cultura. O trabalho conta com uma equipe multidisciplinar, a qual irá determinar, além dos parâmetros agrometeorológicos, a produtividade e qualidade de frutos, parâmetros fitopatológicos, nutrição das plantas, entre outros”, explica.

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