Programa de irrigação do Estado é tema de encontro na Fenasoja
Nona edição do Seminário de Irrigação foi realizada em Santa Rosa
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O pagamento de 20% do valor do projeto de irrigação, até o teto de R$ 100 mil a cada produtor rural. Esse é o Programa de Irrigação do Estado, lançado em março deste ano pelo governador Eduardo Leite, que busca aumentar a área irrigada do Rio Grande do Sul nos próximos anos. A importância da irrigação, as regras do programa, assim como as mudanças na legislação ambiental para facilitar as instalações, foram apresentadas durante a nona edição do Seminário de Irrigação, realizado nesta terça-feira (3/12), durante a programação da Fenasoja, em Santa Rosa.
O evento é uma realização das Secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a Emater/RS-Ascar e reuniu cerca de 200 pessoas
O Programa de Irrigação é destinado a todos os produtores rurais e podem ser instalados os mais diversos sistemas de irrigação, seja aspersão, localizada, sulcos ou reservatórios de água. A expectativa é de aumento da área irrigada, até 2027, em mais 100 mil hectares no Estado.
“A irrigação é o seguro mais garantido de um produtor. O governador Eduardo Leite já anunciou R$ 213 milhões para investimentos em irrigação nos próximos anos. Isso mostra que o Estado está avançando para conseguirmos cada vez mais mais projetos para aumentar a rentabilidade dos nossos produtores”, ressaltou o secretário da Agricultura, Clair Kuhn.
A secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, destacou que hoje o Rio Grande do Sul está investindo de maneira estratégica e inovadora para enfrentar os desafios da seca e das estiagens. “O esforço coletivo, exemplificado pelo Plano Rio Grande e pelo Plano de Reconstrução do Estado, liderado pelo governador Eduardo Leite, é um reflexo do compromisso em melhorar a qualidade de vida dos gaúchos. Inicialmente focada na manutenção da produtividade agropecuária, o projeto de irrigação se expandiu como ação fundamental de adaptação às mudanças climáticas. Através dessas ações, estamos garantindo uma gestão mais eficiente e sustentável dos nossos recursos hídricos, sem perder de vista a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico, que são fundamentais para o futuro do nosso Estado”, comentou.
O diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, afirmou que o programa, que integra as ações do Supera Estiagem do governo do Estado, é muito importante para o estado do Rio Grande do Sul, principalmente para a região de Santa Rosa. “Os passos que estão sendo dados com o Programa de Irrigação, a legislação na questão ambiental, em conjunto com a Sema, garantem a segurança necessária para toda a cadeia. Lembrando que a irrigação se insere nas boas práticas agrícolas que vão deste a escolha da boa semente, dos cuidados com o solo, o plantio direto, as boas máquinas a serem utilizadas até a irrigação. E trabalhamos para que a irrigação seja vista pelo produtor como um investimento, como uma garantia de boa safra, de boa colheita, seja nos grãos, seja na fruticultura, seja na olericultura ou nas pastagens”, afirmou Baldissera.
O seminário contou ainda com a apresentação das legislações ambientais, com as alterações realizadas na Resolução Consema nº 512/2024, que foi feita pelo secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli, e pelo diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Ritter.
O prognóstico climático também foi tema da palestra do meteorologista da Seapi e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), Flavio Varone.
Case de sucesso
Entre os cases de sucesso de irrigação apresentados durante o seminário, foi o do produtor Leandro Mittelstadt, do município de Sete de Setembro, que possui uma área de 22 hectares onde produz soja, milho e a atividade leiteira.
Mittelstadt aderiu a primeira etapa do Programa de Irrigação para a instalação do sistema de irrigação por aspersão em cinco hectares de pastagens. O projeto, com investimento total de R$ 110 mil, já foi concluído e o produtor recebeu do governo do Estado uma subvenção de R$ 15 mil.
“Já tínhamos a ideia de fazer a irrigação, mas o programa, com a ajuda financeira, foi o que nos fez tomar a decisão. Hoje já temos diferença na produtividade e conseguimos manter a estabilidade na produção da pastagem, garantindo o alimento dos animais”, enfatizou o produtor.
O evento também foi prestigiado pelo presidente da Fenasoja, Dário Germano, prefeito de Santa Rosa, Anderson Mantei, o presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Marcelo Arruda, além de outras lideranças municipais da região.