Servidores da Secretaria da Agricultura conhecem experiência paranaense no combate à doença da laranja
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Médicos veterinários e engenheiros agrônomos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estão participando de encontro no Paraná para um intercâmbio institucional e aproximação dos Departamentos de Defesa Vegetal dos três estados do Sul.
“A ideia é trocar informações, experiências, metodologias, sobre diferentes temas, como o greening, agrotóxicos, certificação de mudas e combate ao comércio clandestino, entre outros”, destaca o chefe da Divisão de Auditoria e Gestão Estratégica da Seapi, Alonso Duarte de Andrade. Além de Andrade, servidores dos municípios de Passo Fundo, Montenegro e Frederico Westphalen estão participando do encontro.
A visita começou nesta terça-feira (27/05) em Paranavaí, com apresentação dos trabalhos realizados nos três estados e visita a pomares comerciais e à uma indústria de sucos, que participa ativamente do trabalho de controle do greening. O município é o maior produtor de laranjas do Paraná.
"Essa doença somente será controlada com a ajuda de todos. No Paraná o governo do Estado, prefeituras municipais, indústrias, cooperativas e produtores estão somando suas forças para ter mais efetividade. Esta visita pode iniciar um novo momento com atuação conjunta dos Estados do Sul", disse a coordenadora do programa de Citricultura da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Caroline Garbuio.
A preocupação do Rio Grande do Sul ainda é para evitar a chegada da doença em seu território, onde tem 34 mil hectares de citros. "Estamos em uma ilha porque já tem greening no Uruguai, Argentina e Santa Catarina", comentou Alonso Duarte de Andrade. No Estado, a produção de citros é desenvolvida em pequenas propriedades com média de 2 a 4 hectares, sobretudo nas regiões do Vale do Caí, Alto Uruguai e Erechim.

Segundo ele, a experiência do Paraná, por meio da Adapar, é importante para os técnicos rio-grandenses. "É importante fazer parte desse intercâmbio interinstitucional, de troca de experiências e da unificação dos três órgãos de defesa agropecuária do Sul do País porque não há fronteira para pragas", afirmou. "É uma engrenagem em que todos precisam trabalhar, toda a cadeia produtiva, indústrias, extensão e assistência técnica, caminhões, oficinas mecânicas, tudo precisa funcionar para lograr o êxito que queremos".
Nesta quarta-feira (28/05) os visitantes terão um encontro na prefeitura para conhecer melhor as ações principalmente em relação à erradicação de plantas cítricas e murta da área urbana.
O encontro foi organizado pela Divisão de Auditoria e Gestão Estratégica da Seapi em parceria com a Adapar da regional Paranavaí e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC). “Nós pretendemos intensificar este intercâmbio com os estados para que colegas lotados em diferentes inspetorias do Rio Grande do Sul possam participar destas trocas de experiências”, afirma Alonso.