Representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) participaram, nesta terça-feira (26/11), da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran), que ocorreu em Gramado. O objetivo do evento, promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), foi discutir as oportunidades e os desafios da cadeia produtiva avícola e suas perspectivas para 2025.

A fiscal estadual agropecuário, médica veterinária e coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Seapi, Ananda Kowalski, participou do painel “Influenza Aviária e Doença de Newcastle: estratégias e prevenções para mitigar riscos”, mediado pela diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria, Rosane Collares. O painel contou ainda com a presença da auditora fiscal federal agropecuária, responsável e coordenadora institucional do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa/RS), Taís Oltramari Barnasque.

Ananda apresentou a palestra “Mitigação e Contenção da Doença de Newcastle: Práticas de Gestão no Rio Grande do Sul”.  Ela relembrou o caso da doença ocorrido no município de Anta Gorda, no Vale do Taquari, dia 17 de julho de 2024, em um estabelecimento de avicultura comercial de corte. “No mesmo dia, foi decretado estado de emergência zoossanitária para a doença e aplicados os procedimentos estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e Doença de Newcastle (DNC)”, relatou.

"De 5 a 8 de julho se constatou uma alta mortalidade dos animais, em torno de 48%, e então o Serviço Veterinário Oficial foi notificado. As aves estavam prostradas e com diarreia e havia umidade excessiva da cama, um quadro compatível com um caso provável de síndrome respiratória e nervosa", contou Ananda. A partir da confirmação do foco da Doença de Newcastle houve a depopulação de todo o lote da granja.

Segundo a médica veterinária, foram instaladas no local oito barreiras de contenção, readequadas conforme a evolução da vigilância e saneamento, além de ter sido feita a desinfecção no sentido de saída da área suja. “Também houve um desvio de trânsito pesado na área perifocal”, acrescentou Ananda.

Para a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria, Rosane Collares, todas as ações que visaram ao controle da doença demonstraram a agilidade do trabalho do SVO e a parceria com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e com a iniciativa privada da área da avicultura. “Foi um trabalho bastante intenso, reconhecido internacionalmente”.