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Capacitação para combater morcegos hematófagos reúne técnicos na região do Planalto Médio

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Furna que servia de refúgio para morcegos hematófagos foi descoberta durante treinamento
Furna que servia de refúgio para morcegos hematófagos foi descoberta durante treinamento - Foto: Divulgação/Seapdr

Um treinamento teórico-prático sobre o Programa de Controle da Raiva Herbívora envolveu veterinários e técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), para capacitá-los sobre a zoonose, que coloca o Rio Grande do Sul em alerta sanitário desde maio.

Até a sexta-feira (12), a Seapdr havia registrado 40 focos de raiva herbívora, entre bovinos e um equino. A capacitação foi organizada pela regional da Seapdr de Passo Fundo e contou também com a participação da regional de Palmeira das Missões e do Serviço de Inspeção Municipal e Vigilância Sanitária de Marau.

Trinta pessoas participaram da capacitação, realizada na quinta-feira (11). Pela manhã, foi feita abordagem teórica sobre o morcego hematófago, transmissor da raiva herbívora. Na parte da tarde, ocorreu a inspeção in loco de uma propriedade rural de Marau. Ao percorrer a propriedade, o grupo fez a descoberta de uma furna que servia de refúgio e capturou morcegos hematófagos.

“É muito importante estas capacitações da equipe técnica, porque a raiva é uma doença importante, e a gente tem que estar sempre preparado para atender com rapidez o produtor rural”, afirma Marcos Borges, supervisor regional da Seapdr em Passo Fundo.

Capacitação para combater morcegos hematófagos reúne técnicos na região do Planalto Médio
Capacitação para combater morcegos hematófagos reúne técnicos na região do Planalto Médio - Foto: Divulgação/Seapdr

Até 12 de julho, foram confirmados 40 focos de raiva herbívora em 25 municípios, de acordo com dados da Divisão de Defesa de Sanidade Animal (DSA) da Secretaria. A maioria envolve bovinos, e apenas um caso em equinos foi registrado em Cruz Alta.

“A gente tem trabalhado bastante nestas regiões, realizando a busca por novos refúgios, conversando com os produtores para que vacinem seus animais e fazendo a revisão periódica dos locais onde já houve casos da doença”, informa o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora, Wilson Hoffmeister Júnior.

“O alerta sanitário da Seapdr foi emitido com base em casos registrados no Estado, e segue em vigor. Nós julgamos importante sempre capacitar nossas equipes para evitar o agravamento da situação”, afirma o secretário Covatti Filho.

Os municípios com focos

    1) Arroio dos Ratos

    2) Barão do Triunfo

    3) Candelária

    4) Canudos do Vale

    5) Cerro Grande do Sul

    6) Cruz Alta

    7) Espumoso

    8) Forquetinha

    9) Ibirapuitã

    10) Ivoti

    11) Lindolfo Collor

    12) Não Me Toque

    13) Passo do Sobrado

    14) Progresso

    15) Riozinho

    16) Salto do Jacuí

    17) Santo Antônio da Patrulha

    18) São Jerônimo

    19) Sapiranga

    20) Serafina Corrêa

    21) Soledade

    22) Tio Hugo

    23) Travesseiro

    24) Vale do Sol

    25) Venâncio Aires

Orientação para os produtores

A orientação para os produtores rurais é vacinar ou revacinar seu rebanho para prevenir a raiva herbívora.

O alerta foi emitido com base em situações registradas no Estado, como a incidência de agressões do morcego hematófago Desmodus rotundus a bovinos, sem que tivesse havido conhecimento e identificação de refúgios. Conforme o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora, Wilson Hoffmeister Júnior, a raiva pode ser controlada de forma preventiva, por meio do controle da população de morcegos hematófagos e da vacinação maciça dos animais. A vacinação não é obrigatória, mas é recomendada.

A orientação aos produtores rurais é de que localizem novos refúgios de morcegos vampiros mas não tentem capturá-los por conta própria. A captura é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, devidamente capacitados, vacinados contra a raiva. As equipes são acionadas pelas regionais da Secretaria da Agricultura sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção em determinada região.

 A orientação é vacinar ou revacinar o rebanho para prevenir a raiva herbívora
A orientação é vacinar ou revacinar o rebanho para prevenir a raiva herbívora - Foto: Divulgação/Seapdr

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